Não. Existem diferentes procedimentos possíveis: o parto na água (que pode ocorrer na banheira da gestante ou até mesmo em um hospital), o parto de cócoras, parto cesárea, parto normal, ou ainda, o Leboyer, no qual o ambiente é preparado para o nascimento com pouca luminosidade. Mas, a humanização do parto não significa um “tipo de parto”, onde alguns detalhes externos o definem, como o uso da água ou a posição, a intensidade da luz, a presença do acompanhante, entre outros. A humanização do parto é um processo, uma construção baseada nas mais atuais evidências científicas com equipes de profissionais multidisciplinares, estimulando a autonomia e os direitos da paciente, com pré-natal e parto planejados durante as consultas. Além do estímulo a presença da família para o desenvolvimento da autoconfiança das gestantes.

❗ A humanização de parto pretende considerar as necessidades individuais de cada mulher e do feto, como se a mulher escolherá dar à luz de cócoras ou na água, quem vai estar em sua companhia, qual será o ambiente acolhedor que deseja ter o filho, qual será a melhor posição para parir… todas essas decisões deverão ser tomadas por ela, protagonista de seu próprio parto e dona do seu corpo. São decisões informadas e baseadas em evidências científicas. Neste caso, o papel do médico e de toda a assistência é oferecer apoio e respeitar a fisiologia do parto, interferindo quando há real necessidade. Por isso, é importante salientar que a humanização devolve o protagonismo do parto a mulher e garante o direito de conhecimento e escolha.