Sim! A sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Depois da AIDS, é considerada a DST mais preocupante, uma vez que, se não tratada em suas fases iniciais, progride com manifestações que comprometem todo o organismo, principalmente olhos, pele, ossos, coração, cérebro e sistema nervoso.
❕ A doença acontece mais frequentemente intraútero, embora também possa ocorrer durante a passagem do feto pelo canal de parto, em casos de presença de lesão ativa. A probabilidade da ocorrência é influenciada pelo estágio da sífilis na mãe e pela duração da exposição fetal. Dessa forma, a transmissão equivale a 70% a 100% quando a gestante apresenta sífilis primária (caracterizada pelo aparecimento de pequenas lesões avermelhadas nos órgãos genitais que acabam desaparecendo após 4 ou 5 semanas sem deixar cicatrizes) ou secundária (os sintomas surgem cerca de 6 a 8 semanas depois do desaparecimento das lesões causadas pela sífilis primária. Nessa nova fase, as principais lesões são manchas vermelhas na pele, na boca, no nariz, nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, como também descamação da pele, dor de cabeça e falta de apetite).
A sífilis na gestação pode causar consequências graves, como aborto, parto prematuro, morte neonatal e manifestações congênitas precoces ou tardias. 😞
❕ Atenção! Não existe vacina contra sífilis e a infecção prévia não corresponde a imunidade protetora. Por isso, a pessoa pode se reinfectar cada vez que for exposta. Desse modo, é imprescindível o rastreio mais frequente durante a gestação. Lembre-se: a melhor forma de manter-se longe da sífilis é a prática de sexo seguro com o uso de preservativo, já a infecção durante a gestação pode ser prevenida durante o acompanhamento pré-natal.