O autismo é um problema de saúde que afeta cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil. Em sua definição mais ampla, 1 a cada 150 crianças no mundo pode ser afetada pelo Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), que engloba todos osquadros desde os mais leves aos mais graves.
O autismo é um distúrbio do neurodesenvolvimento marcado pela dificuldade de comunicação e interação social. Uma minoria dos pacientes é acometida por comprometimento intelectual grave. Entre as suas causas estão as multifatoriais, mas já se sabe que não é apenas de característica genética. A contribuição genética gira em torno de 90% e cerca de 80% dos casos se dá por alterações em múltiplos genes durante a divisão cromossômica, na divisão celular. Os fatores ambientais contribuem com 10% da responsabilidade. Ainda assim, atuam apenas como moduladores dos genes que predispõem ao transtorno. E que fatores ambientais seriam esses?
Em pesquisas mais recentes foi observado que toxinas e poluição, desordens metabólicas, filhos de gestantes com diabetes, pressão alta, obesidade, depressão (ou outros transtornos psíquicos associados), infecções, uso de medicamentos antidepressivos e anticonvulsivantes têm mais chance de desenvolver o autismo. Também já está claro que a vacinação de gestantes e recém-nascidos não está associada ao autismo, como vinha sendo veiculado recentemente nas redes sociais.
Portanto, manter hábitos de vida saudáveis como boa alimentação, atividades físicas regulares, controle do peso e um bom pré-natal se mostram benéficos às gestantes. Além disso, lembre-se sempre que o diagnóstico precoce, muitas vezes nos primeiros meses de vida, é fundamental para o desenvolvimento da criança, pois propicia o tratamento e acompanhamento multiprofissional individualizado às necessidades de cada um.
Respeito, compreensão, inclusão são fundamentais para o tratamento das crianças autistas. Seja um multiplicador de conhecimento, tolerância e amor!