Aborto precoce

Aborto precoce

A perda gestacional precoce é aquela que acontece até a 12° semana da gravidez e é um ‘evento’ comum entre as mulheres. Mais da metade das mulheres já passaram por 1 a 2 abortamentos espontâneos na vida e não significa que têm ou terão dificuldades para engravidar denovo.

Ao se deparar com diagnósticos como “aborto retido”, “gestação inviável”, “gestação anembrionada”, “ovo cego” e “aborto incompleto”, o primeiro passo é manter a calma! Além de entrar em contato com seu Obstetra ou serviço de emergência. Primeiro controle seus sentimentos, a dor e a perda. Se não há febre, dor pélvica, hemorragia ou corrimento com odor fétido pela vagina, não há necessidade de ir correndo à primeira emergência da cidade. Após manter a calma, converse com seu obstetra e pondere a melhor conduta. As condutas conservadoras tendem a agredir menos o endométrio (camada interna do útero), evitando o risco da sedação geral, perfuração uterina e infecção, que podem ocorrer na via cirúrgica. O grande medo da maioria das mulheres ao aguardar é infecção. Mas, esse risco é mínimo quando a mulher respeita a regra de “não introduzir nada na vagina” enquanto aguarda a próxima menstruação. Isso inclui banhos de rio, mar, piscina e banheira, cremes, duchas vaginais e sexo desprotegido. Não há também repouso, pelo contrário, a mulher deve continuar suas atividades físicas e laborais normalmente durante o aguardo.

Em casos de perda gestacional existem duas formas de agir: esvaziamento cirúrgico (por curetagem ou aspiração) ou esvaziamento espontâneo (aguardar a próxima menstruação chegar em 30 a 40 dias). A via cirúrgica é mais rápida, mas requer internação hospitalar (pelo menos 12h à 24h) com uso de medicamentos para amadurecimento do colo uterino, sedação geral, jejum de no mínimo 8h, antibióticos profiláticos, e uso de curetas ou cânulas de aspiração para esvaziamento uterino.

Ao passar por uma perda, a mulher passa por um turbilhão de sentimentos que geralmente tentam ser “sufocados ” na nossa sociedade anestesiada de sentimentos. O abortamento é um luto e deve ser respeitado. Cada mulher tem seu tempo para ‘elaborar’ e partir para outra gravidez. Tenha seu próprio tempo e procure a assistência humanizada!