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História de Parto da Dra. Adriana Monteiro

História de Parto da Dra. Adriana Monteiro

 

A felicidade está transbordando em meio a Equipe Obstare, por isso, queremos compartilhar com vocês a história do parto de Pedrinho, filho da querida Dra. Adriana Monteiro. Confira o quanto o amor, a força e a felicidade estiveram presentes durante o nascimento! 😍

“Contando detalhes para poder ajudar outras mulheres a se tranquilizarem, confiarem e procurarem por uma boa assistência!
Diabetes, hipotireoidismo, sobrepeso, >35 anos… “Maluca, ainda quer normal?! Kkkk” Ainda bem que não ouvi isso de ninguém! Por tudo isso, a gestação não poderia passar de 39-40 semanas. E com 39 sem 1 dia, como não tinha entrado em TP, internamos para iniciar indução medicamentosa do parto. Antes disso fiz acupuntura, chás, exercícios, caminhadas e achei tudo super válido! Foi uma semana legal em que me concentrei no meu corpo, em meu bebê, me despedi da barriga e conversei muuuito com Pedrinho. Expliquei que às 39 semanas teríamos que nascer (sim, eu, ele e Fá) por conta da nossa saúde. Precisava explicar isso a ele. Não queria expulsá-lo! Apenas antecipar sua chegada para a sua saúde!
Internamos, zero dilatação e zero contração. Começamos as medicações (misoprostol), ouvimos músicas, conversamos, recebi o carinho da galera do hospital além da Equipe Obstare, Jucy e Lud, se revezando pra me apoiar. Optamos por não avisar às famílias naquele dia. Precisávamos ficar a sós, eu, Fá e Pedrinho. Nos conectar com o momento, concentrar, orar e agradecer por ter chegado a hora. Foi um dia descontraído, de contrações tranquilas. À noite, nada de dilatação nem contrações efetivas, partimos para o balão de dilatação do colo. ” Que vc acha, Drika?!”, perguntou Rod, tranquilo.
– Acho ótimo! Vamos nessa!
Balão inserido, aí sim, contrações! Elas chegaram!🙏🏻 Agradeci por elas. Agradeci pelas mãozinhas de Lari nas minhas costas até eu pegar no sono. Pense em um incômodo na região do púbis?
Pela ausculta e pela posição do bebê, meu “feeling” era que ele tava transverso (cabecinha pra baixo, mas numa posição não favorável) e ainda bastante alto. Nada demais pra mim. Tava afim de curtir a estrada, ver como era a caminhada. Passamos assim a madrugada. A uma certa altura, pedi a equipe que se revezasse no descanso e folgamos o meu balão para que eu descansasse também. Foi fundamental esse descanso!No dia seguinte, acordamos bem dispostos, tomei um café da manhã delicioso, banho quentinho e comecei exercícios para ajudar a encaixar o bebê, apertamos o balão de novo e,ops! O balão saiu entre um agachamento e outro. Alegria! Estava com 4-5 cm, mas… contração efetiva… nada! Rompemos a bolsa! Que sensação gostosa! ” Poc” Líquido claro, Pedrinho ótimo, agoooora sim, contrações de verdade!
Mais exercícios, e aí as coisas foram ficando nubladas… a partolândia chegou! Me entreguei. Deixei a MULHER vencer a OBSTETRA e me permitir ser cuidada, amada e acarinhada por todos lá. O tempo… perdi a noção. A família avisada: ” gente, as contrações apertaram, venham!” A ideia era que eles chegassem e fizéssemos uma oração de bênçãos antes de ir para sala de parto.
Kkkkk Não deu tempo! O incômodo continuava no mesmo lugar da noite anterior: em cima do púbis! Nada de incômodo lombar, nada de sentir descer… ele continuava no mesmo lugar. Pedi analgesia, sabiamente a querida Déa me salvou por algum tempo (não sei quando, me disseram que foi por mais de 1h) com um bom banho quente. Cochilei em cima da bola, na aguinha quente… e Pedrinho ali, no mesmo lugar!
Fui pra analgesia… quando a cadeira de rodas chegou no quarto, pedi a Fabrício: rápido, Mozão! Leva a cadeira em ritmo frenético! Kkkkk rimos e fomos rápido entre uma contração e outra, à sala de parto. Não deu tempo de oração nem de esperar a família chegar. Mas eles estariam lá firmes e fortes até a hora do parto!
Após analgesia, ufa! Alívio imediato! Tirei uma soneca ( que a galera disse ter sido de umas 2h!). Fundamental esse descanso! E Pedrinho ótimo, mexendo auscultas boas. Acordei, comi frutinhas e água de coco. Fizemos um reike, barras e concentração ( Jucy, sem palavras pra agradecer!) e reiniciamos exercícios para as contrações voltarem. Aí teve Spinning babies, Cumpadre Washington e É o Tchan rolando na sala, entre reboladas e sorrisos, histórias da adolescência, passamos um tempo assim. E… nada de Pedrinho sair do lugar. Sentia a contração no mesmo lugar de sempre. Mantive o bom humor de sempre… a partolândia voltou e com ela uma emoção e um desejo imenso de parir.As horas se perderam na minha mente. Mais uma ausculta… no mesmo lugar. Comecei a me perguntar o que estava acontecendo. Conversamos emocionados eu, Fá e Pedrinho. ” Filho, você pode vir, mamãe e papai estão aqui; estaremos sempre com você; porque você não vem?; Mamãe e Papai te amam, venha”. Soube depois que toda equipe estava emocionada junto… a chance de uma cesárea apareceu na minha mente… ele não saía do lugar.

Nova avaliação: 8 cm! Que massa… mas.. o danado estava alto e na mesma posição. Contrações que ajudaram a dilatar, mas não conseguiam impulsionar Pedrinho. Optamos por conduzir o parto. Pedrinho continuava serelepe e faceiro…kkkkk Era a nossa chance de nascer!Voltamos aos exercícios, agachamentos, ocitocina… 10cm… no mesmo lugar! Estava na partolândia, não via ninguém. Pedi a Jucy para falar no meu ouvido reforços antes combinados, pedi um abraço do marido, sentamos na banqueta. Aí vem, além de toda técnica, o olhar carinhoso dele, meu querido Rod! Fé. ” Drika, vai nascer, vamos juntos!” Nossa! Que injeção de ânimo! Mas eu sentia que meu pequeno precisava girar e descer na pelve. Coisas de mãe. Não sei explicar, apenas sabia que ele precisava se mover. Fiz umas manobras com as mãos sobre a barriga, empurrei durante as contrações, Rod fundamental, também fez manobras. Nem sei explicar o que houve. Tudo nublado de novo… só sentia! Sentia meu corpo, as contrações… senti ele girar! ” Isso, Drika!” Rod me animava. Mudei de posição quinhentas vezes!

“De cócoras, Drika, pra ajudar”, disse Rod, Pat e Déa. Pat Sanches, amiga de todas as horas, tb estava lá. ” Calma, amiga, vai dar tudo certo”, sussurrou no meu ouvido.

Minha gente! De cócoras, que sensação maluca! Kkkkk parece que vai ” explodir” tudo! Kkkkk Pedi pra mudar de posição, fiquei de 4 apoios, ufa! Confortável. “Drika, volta pra cócoras, nessa posição não tá vindo”, falou Rod. ” Que nada! Já tá aí! Esse Círculo de fogo é um vulcão de fogo, vai nascer!”, eu disse.
Que alegria sem fim! Em meio à súplicas minhas de “só um confortinho pra eu me concentrar melhor”, ” Ai meu Deus” , ” Tá vindo, tá vindo”, conversa novamente ao pé do ouvido emocionada com o maridão, eis que ele veio!

Gente, que sensação doida de maravilhosa quando ele vai saindo! Sim, mesmo com analgesia senti tudo! Do jeito que eu queria. Sensação boa, de completude, amor, plenitude, alegria, gratidão. Rod e Pat Sanches me passaram meu pequeno. Ele estava ali, comigo! Foi também recebido com carinho de mãe por dra. Iandira( Neo MARAVILHOSA) que prestou os primeiros e fundamentais cuidados ao meu pequeno!
Fui ali a mulher mais feliz! Porque realizei o sonho de ser mãe, de parir, de sentir na pele as dores e delícias do parto. E amei!!!
O que ainda falta falar?
Em todo processo senti confiança, plenitude, alegria, amor e carinho de todos. Como é importante para uma mulher parindo a confiança e empatia de quem a assiste. Ficamos completamente entregues e isso é importante para o processo do parir. Sentir o corpo trabalhando, se conectar, acreditar. Entender que nem tudo é como planejamos. Pode ser muito melhor! E que tudo que acontece faz parte da nossa história, da história de vida do renascimento daquele casal e nascimento daquela criança.
Como cada profissional envolvido fica marcado para sempre na nossa história! Fui acompanhada por amigos os quais confio completamente. Pessoas que vibraram comigo desde o dia em que decidimos engravidar. Pessoas que se emocionaram, se angustiaram, rezaram e curtiram àquelas horas como se fosse a primeira vez!
Minha gratidão eterna pela fé e por não ter desistido de mim e de meu filho à Rod. Imagino como deve ter sido difícil me ver chorar de angústia e dúvida, suplicar por um “confortinho ” e ainda tomar decisões tão difíceis juntamente comigo e Fá. Sem palavras, meu amigo! Sem palavras! Sei que fez muito mais do que seu coração imaginou ser possível.
Às minhas queridas Déa, Pat, Lari, Catinha e Carol meu muuuuito obrigada! Por cada palavra de incentivo, de ânimo, de emoção e cuidado comigo e minha família. Pat Sanches, que alegria você ao meu lado! Chegou na hora certa! Dra. Iandira, linda, delicada e mãe. Ajudou meu Pedrinho a respirar quando ele ainda confuso não sabia onde estava… Lud e Jucy. Foram muito mais que profissionais, amigas dedicadas,sempre com as palavras certas na hora H. Gertrudes, Dimitri meu carinho sem fim!
Toda equipe HA, OBRIGADA é pouco para agradecer não só o profissionalismo,mas o entusiasmo, a alegria e o carinho em cada gesto, em cada olhar! Vcs representaram ali todos os amigos que fiz ao longo da carreira tb nos outros hospitais em que trabalho. Sei que estavam todos em torcida por nós. Gratidão aos colegas que ficaram lá, na sala de espera torcendo por mim, orando por nós, Dra. Soninha Jovita, Dra. Sylvinha Viana, Dra. Cláudia Smith, Dra. Eni, Dra. Lidinha Aragão, Dra. Sabrina Carvalho, Dra. Dulce Isabel obrigada!
Obrigada à todos amigos que a rede me trouxe e que acompanharam dia a dia, mandando tudo de bom nas mensagens, ansiosos por notícias, emocionados com os acontecimentos. Vocês fazem parte de tudo isso!
Obrigada minha família linda! Pela paciência e compreensão desse nosso momento, por fazer parte da nossa história e por estar lá comemorando conosco a nossa Vitória.
Mozão, incrível como foi massa! Como foi gostosa essa aventura! Parimos juntos! E juntos criaremos nosso bebê, nossa família. Te amo demais! O parto nos faz enxergar mais ainda a importância da cumplicidade, respeito e amor que temos um pelo outro. E o fruto desse amor está aqui hoje em nossos braços. E… se Deus quiser, e Ele há de querer, ano que vem, tem mais! Kkkkkkk”
Confira algumas fotos deste momento lindo ⤵