Se você está grávida ou planeja engravidar, o VBAC é uma das siglas que poderá passar a fazer parte do seu vocabulário ao longo dos novos meses. As letras são a abreviação do termo em inglês “Vaginal Birth After Cesarean”, que significa “Parto Vaginal Após Cesárea”.

Como o nome mesmo explica, ocorre quando a mulher tem um bebê por via vaginal depois de, em uma gestação anterior, a via de nascimento ter sido uma cesariana.

No entanto, até poucos anos atrás, era comum acreditar que, se uma mulher teve um bebê por cesárea uma vez, ela deveria ter cesáreas também em próximas gestações. Para ajudar você a entender melhor o assunto, com todos os riscos e benefícios envolvidos, separamos 07 coisas que você precisa saber sobre o VBAC.

Continue a leitura abaixo!

01. Tem mais BENEFÍCIOS que riscos!
O VBAC é indicado tanto pela Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) quanto pelo Ministério da Saúde. Assim, as vantagens são as mesmas de um parto vaginal: recuperação mais rápida, menor sangramento e menor risco de lesão de órgãos – como a bexiga e intestino.

02. O risco de rotura uterina é bem pequeno!
O principal problema que pode acontecer em um VBAC é a rotura uterina – rompimento da cicatriz no útero – uma emergência médica com risco de óbito. No entanto, é importante ressaltar que isso é algo MUITO RARO de acontecer! As chances são mínimas, de 0,5% a 1%. E mesmo que aconteça, com os cuidados certos, a equipe médica consegue agir para salvar o recém-nascido e a parturiente.

03. VBAC2, VBAC3… Quem sabe?
Além da sigla VBAC, o número representa a quantidade de cesáreas que a mulher já teve. Mas, será que continua seguro tentar fazer um parto vaginal, mesmo com duas ou mais cesáreas anteriores?
A resposta é sim! Mas depende de cada caso e da saúde da gestante. Isso deve ser bem conversado entre o obstetra e a paciente durante o pré-natal, para que sejam apresentados todos os riscos e benefícios.

04. Não precisa de cuidados adicionais no pré-natal e no pós-parto!
O pré-natal e os exames que são realizados por uma mulher que busca o VBAC são iguais os de quaisquer gestante! Portanto, não é preciso fazer nenhum exame adicional. O recomendado é que durante o pré-natal, a gestante tenha uma conversa aberta e franca com o obstetra para que ele exponha os riscos e benefícios e haja o monitoramento habitual durante o parto.

05. O intervalo entre um parto e outro é o mesmo recomendado para qualquer via de parto!
O período de 1 ano e 8 meses entre um parto e outro é o recomendado em qualquer gestação. Ainda assim, mesmo que o intervalo seja menor, não há uma contraindicação formal. Nessas situações, continua sendo possível ter um VBAC desde que os detalhes sejam conversados com franqueza entre médico e gestante, durante o pré-natal.

06. Existem alguns casos em que o VBAC não é recomendado!
Apesar de o risco ser pequeno na maioria dos casos, existem sim algumas contraindicações para o VBAC. Por exemplo: ele não é recomendado caso a mulher já teve mais de duas cesáreas anteriores ou se tiver uma cicatriz longitudinal no útero. Se a mãe tiver algum problema ou trauma na bacia que provoque estreitamento, o obstetra também deve avaliar antes de orientar a tentativa de um VBAC.

07. A relação de confiança entre a grávida e a equipe de parto é fundamental!
Sem dúvida, o primeiro e mais importante ponto é a paciente querer fazer isso, estar bem informada e estar em sintonia com o obstetra e a equipe de parto Feito de uma maneira segura, em um ambiente hospitalar, que tenha todos os recursos para o caso de haver algum problema, o VBAC tem tudo para dar certo!

Agora que você já conhece os princípios básicos do VBAC, garantimos que será mais fácil escolher a via de parto que mais se adeque aos seus desejos e necessidades.

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Um abraço carinho e até a próxima!